terça-feira, 22 de março de 2011

Doenças e emoções

                             

O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
              O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
               O diabetes invade quando a solidão dói.                        
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade. 

Hoje em dia somos condicionados a acreditar que a doença nos é infligida pelo mundo exterior, e que se tempos a infelicidade de ficar doentes, a responsabilidade pela cura é dos remédios, médicos e terapeutas. Porém a verdade é que nós somos responsáveis pela nossa saúde e pela falta da mesma.

Muitas sabem que a motivação, a emoção e a atitude determinam a saúde e a doença. Há alguns fatores que favorecem a doença: stress, desespero, medo inconsciente e poluição do corpo causada por alimentos que ingerimos. Esses fatores criam energia estagnada na camada etérica da aura. Quando não é tratada, essa energia acaba se manifestando como doença física. É importante perceber que a doença é uma excelente oportunidade de aprendizado. O corpo físico é um espelho que reflete o que fazemos em todos os níveis do nosso ser.

Sendo assim, a cura está relacionada à vontade de detectar e tratar a causa da doença física.

Listarei algumas doenças e sua causa metafísica:
Dor de cabeça e enxaqueca

Metafisicamente a dor de cabeça é provocada pelo medo de externar pensamentos e sentimentos, que acabam sobrecarregando a mente, ou por pressão do trabalho, dos relacionamentos e da vida familiar. Se você sofre de enxaqueca procure examinar racionalmente seus medos e as pressões que existem em sua vida. Alivie a mente expressando o que sente e procure aliviar as pressões que provocam mal estar e cansaço.

Catarata

Aqui a pergunta é: Porque não queremos ver claramente? Do que temos medo ou vergonha? Porque nos escondemos atrás de uma nuvem escura? A visão nublada, resultado da catarata, impede que os outros vejam a nossa alma.

Sinusite

Essa doença sugere irritação com a vida. Essa irritação provoca um acúmulo de raiva que se não for trabalhada acaba sendo liberada pelos canais sinusais.

Rigidez do pescoço

Como a rigidez do pescoço impede de mover a cabeça, vemos apenas o que está a nossa frente. Isso sugere que há coisas que não queremos ver, ou que somos rígidos e dogmáticos.

Dor nos ombros

A pessoa deve estar carregando muitas responsabilidades sozinha, pois é nos ombros que carregamos todos os fardos e responsabilidades da vida. Se este é o seu caso, vale à pena examinar todas as suas atribuições e se desfazer ou dividir algumas delas.

Asma

O asmático expressa dificuldade em ficar à vontade no mundo. Acha que não está à altura das expectativas e teme a rejeição. Para superar este estado, temos que aprender a nos aceitar, só assim sermos aceitos pelos outros.


Gastrite e úlceras gástricas

Esse mal costuma ser causado pela incapacidade de digerir questões emocionais. Ele nos desafia a examinar nossa vida para descobrir como resolver estas questões.

Pedras na vesícula

A vesícula é associada à coragem, à irritação e a sensibilidade. Assim, os problemas da vesícula refletem padrões emocionais e mentais de irritação e amargura em relação às pessoas ou situações que nos aborrecem.

Constipação

Este distúrbio nos convida a observar nosso apego a certas coisas e nos perguntar porque temos medo de nos livra delas. O motivo pode ser insegurança ou  condicionamento.

Pedras nos rins

Os rins registram agitação, ódio, ansiedade e tumulto emocional, trabalhando para livrar o organismo desses sentimentos. As pedras nos rins indicam um acumulo de ódio e ansiedade não resolvidos. Quanto mais tempo durarem o problema, maiores as pedras.

Cisto de ovário

O cisto é um acúmulo de conflitos e dúvidas que algumas mulheres sentem. Estes sentimentos podem também vir de traumas causados por abuso sexual na infância.

Mioma

Indicam que mulher duvida do seu papel feminino e desconfia de sua capacidade de gerar uma nova vida, duvidando da própria energia e do importante papel de evolução da humanidade.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Teoria 5 elementos e Yin/Yang

                                      


Uma característica essencial à Teoria da Polaridade Universal é a de que tudo no Universo está em constante movimento, (I Ching)-mutação. Tudo é Yin e Yang, nada é só Yin ou Yang. E tal como em uma corrente elétrica, a energia presente em todo o Universo e no Homem, não é perdida e, sim transferida e transformada. Excesso em Yin equivale à deficiência em Yang e vice-versa. Essa mobilidade ou dinâmica é fundamental para entendermos todo o processo da Energética Humana, seu trajeto nos meridianos, isto é, os caminhos, os canais por onde circula a energia no corpo humano, nos órgãos, tecidos, ossos, etc. Essa é a base de atuação da Acupuntura.
                       

Além do YIN YANG, os chineses antigos perceberam, talvez através da observação dos fenômenos naturais e suas evoluções de acordo com as estações, que o mundo se organizava em torno de cinco elementos ligados ao tempo e espaço: MADEIRA, FOGO, TERRA, METAL E ÁGUA. A Teoria dos Cinco Elementos é de vital importância para compreender-se a constituição dinâmica de absolutamente tudo que existe. A cada um desses cinco elementos estão associados um ponto cardeal ou direção, uma estação, um sabor, uma cor, um órgão (que é Yin), uma víscera (Yang), um meridiano, uma emoção, entre outros.


                       

As cinco formas de movimentos da energia da natureza são representados por Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água, que representam tudo o que existe no universo, ou seja, a interação entre o micro e o macrocosmo. Portanto, esses cinco elementos estão intrinsecamente ligados à nossa personalidade e à nossa alimentação. Por essa ótica, o ambiente, nosso estado físico e emocional em relação ao mundo e a nossa personalidade vão influenciar no que desejaremos comer.


Os cinco elementos estão relacionados aos órgãos e aos temperamentos.

 •  A energia do coração se relaciona com a alegria e ansiedade;
 •  A energia do pulmão se relaciona com a depressão e a tristeza;
 •  A energia do fígado se relaciona com a raiva e o rancor;
 •  A energia do rim se relaciona com o medo e o pânico;
 •  A energia do baço e do pâncreas se relacionam com a racionalização e a preocupação.

Um se sobrepõe ao outro. O fogo controla o metal, o metal controla a madeira, a madeira controla a terra, a terra controla a água e a água controla o fogo.

Para a Medicina Tradicional Chinesa, todos os seres vivos são dotados de uma energia vital denominada "chi", e o equilíbrio entre as polaridades positiva (yang) e negativa (yin) dessa energia, tem influência direta sobre a saúde do homem e para a natureza. Se o organismo consegue compensar naturalmente o desequilíbrio, nada acontece. Mas, quando esse mecanismo falha, as doenças podem aparecer e a morte significa o cessar da energia "chi".

Os mestres chineses ensinavam que são vários os fatores que podem alterar nosso fluxo energético que resultam em doenças e classificavam esses fatores em: internos, externos e mistos.
Fatores internos: são os pensamentos, crenças, sentimentos e emoções. Segundo eles, as emoções debilitam determinados órgãos ou sistema, fragilizando-os e o expondo-os às doenças. O estresse, preocupação e fadiga mental também têm o poder de alterar a polaridade energética. Qualquer situação que desperte uma emoção intensa, boa ou má, e que exija mudança funciona como um agente estressor. Dentre as emoções, a raiva aumenta o calor, que é yang, já a tristeza é do tipo yin. Todas as emoções geram algum tipo de reação no nosso padrão energético. Porém, as emoções só se tornam um fator de desequilíbrio para nossos órgãos internos quando permanecem conosco intensamente por um longo tempo.

Fatores externos: São os acontecimentos do dia-a-dia, o relacionamento com as pessoas e com o meio em que vivemos. As condições climáticas, como o vento frio, por exemplo, aumenta a polaridade yin, para reforçar a energia yang, a resposta orgânica pode ser a febre. Os ferimentos, fraturas, cortes e qualquer tipo de acidente desequilibram a energia vital. Cigarro, bebida alcoólica e todas as demais drogas, permitidas ou não, afetam o equilíbrio energético. Dentre os fatores externos, os Mestres Chineses prestavam muita atenção na alimentação, para eles, os alimentos também são dotados de energia vital e interagem com nossa própria energia.
Fatores mistos: Sob esse ponto de vista, não existe doença, mas organismo doente em virtude de tais estados emocionais negativos, assim como não existe o bom médico, mas sim o bom paciente. Dependendo do mal que o indivíduo sofra, a causa está em sua história. "Para cada sentimento negativo, há uma doença. Esse sentimento negativo cria um paladar que o leva a comer o que o vai provocar o desequilíbrio físico. Revertendo-se esse processo, consegue-se a cura".

O leite nosso de cada dia


            


Eis aí um alimento que polariza opiniões: de um lado, o público em geral; de outro, os profissionais e os aficionados das mais diversas formas de medicina alternativa. Os primeiros o acham extremamente saudável, considerando-o rico em proteinas e cálcio, um bom alimento para favorecer o crescimento e um aliado na prevenção da osteoporose. Os demais não raro o consideram um grande inimigo da saúde humana. Quem tem razão?

Um fato inegável a levar em conta é que o leite de vaca e seus derivados (e este artigo limita-se ao leite de vaca) pode ser a causa de diversas alergias ou de intolerâncias alimentares. Muitos adultos não digerem bem o açúcar do leite. Alguns pesquisadores salientam que o leite favorece processos inflamatórios, aumenta o risco de diabetes e pode provocar (quando consumido em excesso) insuficiência de cálcio! Já se sabe que os hormônios bovinos de crescimento contidos no leite agravam a acne e favorecem a obesidade, mesmo quando o leite é desnatado. Sem falar que o leite pode ser a causa ou o fator agravante de infecções otorrinolaringológicas repetitivas na infância.

No entanto, ninguém pode, em sã consciência, negar o elevado valor nutritivo do leite. Pode-se dizer que o leite é um concentrado de proteínas, lipídios, glicídeos, sais minerais e vitaminas. A medicina chinesa considera-o um verdadeiro medicamento, donde se conclui que o problema não está exatamente no consumo de leite, mas no exagero. Quando consumido em pequenas doses, e apenas de quando em quando, o leite não costuma provocar problemas, especialmente quando fermentado (kefir) ou na forma de iogurte natural.

Nunca é demais frisar, porém, que o consumo exagerado de leite pode provocar desde dificuldades banais de digestão até doenças bem graves, como a obesidade. Por se destinar fundamentalmente ao crescimento, o leite auxilia o corpo na formação de tecidos. Quando o crescimento termina, cessa gradualmente a produção das enzimas que digerem o leite. O leite passa então a produzir Umidade e Mucosidade, que são, na visão da medicina chinesa, a causa de inúmeras doenças.

O objetivo deste artigo é chamar a atenção das pessoas que se interessam pelo assunto para o que diz a medicina tradicional chinesa. Para tanto é importante frisar que, na visão tradicional dessa forma de medicina, o leite de vaca é um medicamento de sabor doce e de natureza neutra. O sabor não é determinado pura e simplesmente pela sensação proporcionada ao paladar. Os alimentos de sabor doce têm a propriedade de nutrir, tonificar e umidificar o organismo; os de natureza neutra não exercem efeito térmico perceptível no corpo, ou seja, não o aquecem nem o resfriam.

O leite é um tônico geral utilizado, em pequenas quantidades, como medicamento em casos de fadiga, vertigens, debilidade física e emagrecimento. Ele tonifica o Qi (energia vital) e o Sangue. É utilizado também como medicamento umidificante, a fim de tratar quadros clínicos de Deficiência do Yin do Estômago e constipação intestinal (sobretudo do idoso).

Precauções

O caráter umidificante do leite de vaca garante, na linguagem da medicina chinesa, a umidificação dos cinco órgãos: Pulmão, Fígado, Baço, Rins e Coração. Portanto, ele convém às pessoas que apresentam sintomas como sede excessiva, boca e garganta secas, mucosas secas, constipação intestinal, pele seca e assim por diante. Mas é desaconselhado para pessoas que sofrem de problemas provocados por Umidade ou por Mucosidade, tais como eczema exsudativo, edemas, leucorréia, diarréia, micose vaginal, reumatismos, rinite, sinusite, bronquite, asma, certos quistos e lipomas, algumas doenças neurológicas (a epilepsia, por exemplo).

Pessoas obesas ou que simplesmente estejam um pouco acima do peso não deveriam tomar leite de vaca. O leite, afinal de contas, destina-se a transformar um bezerro em vaca ou boi! A essas pessoas uma palavra de cautela: os produtos laticínios (manteiga, queijos etc) são "leite concentrado"!

Em geral é melhor que os adultos excluam o leite dos seus hábitos alimentares. Contudo, o leite fermentado (kefir), certos queijos frescos e o iogurte natural às vezes são bem tolerados pelos adultos. O ideal é que o leite seja consumido apenas pelas crianças e pelos idosos, mas sempre com moderação.

Convém evitar o consumo de leite com frutas cítricas. Os ácidos de certas frutas podem coagular a caseína do leite e provocar indigestão, com distensão abdominal, flatulência, náuseas e vômitos.

Durante tratamentos médicos com tetraciclina, um antibiótico, é bom não consumir o leite de vaca, porque o alto teor de cálcio do leite reduz a ação desse tipo de antibiótico.

Em suma...

O leite de vaca é um excelente alimento-medicamento. Como praticamente tudo na vida, o consumo de leite apresenta prós e contras. Cabe a cada pessoa avaliar, com o devido discernimento, se o leite lhe convém ou não. Em geral, o melhor é não consumir nem leite nem produtos laticínios na idade adulta, especialmente na presença de sintomas que assinalam dificuldades digestivas em maior ou menor grau.
 


Moxabustão



A moxabustão, ou moxa, vem da palavra japonesa mokusa, que significa "erva queimada". Foi registrada pela primeira vez em textos médicos durante a Dinastia Song (960 d.C.), mas provavelmente foi usada por muito mais tempo.
O calor da moxabustão é extremamente penetrante, tornando-a eficaz quando há menos circulação, condições frias e úmidas, além de deficiência do yang. Quando aplicada aos pontos de acupuntura específicos à deficiência de yang, o corpo absorve o calor o máximo possível, recuperando o qi do yang do corpo e o "fogo ministerial", a fonte de todo o calor e energia do corpo.
A moxa é preparada a partir da artemísia (Artemisia vulgaris), uma erva perene comum. As folhas aromáticas são secas e peneiradas várias vezes até que fiquem macias.

                        

A moxa é utilizada com critério em alguns casos de dores, para circular a energia estagnada e também para aquecer determinados pontos de acupuntura com intuito de aumentar sua energia.