segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ACUPUNTURA SEM AGULHAS

                                                

O que é?

O hai hua é um recurso eletromagnético utilizado com embasamento na Medicina Tradicional Chinesa para o tratamento de uma grande quantidade de patologias. São eletrodos aplicados sobre os pontos de acupuntura podendo ser colocados nos pontos de dor, ou fixando um eletrodo e movendo o outro ao mesmo tempo.
Ele tem imãs que liberam cargas eletromagnéticas, permitindo a estimulação de pontos do corpo humano, assim como fazem as agulhas. Cada estímulo tem duração de cerca de um minuto. A ação de cada eletrodo equivale ao estímulo simultâneo de 132 agulhas, desobstruindo os meridianos, ativando a circulação sangüínea e reequilibrando a energia vital do organismo.
É a acupuntura sem agulhas.

Como funciona

O funcionamento do hai hua é extremamente simples e a ausência de riscos na aplicação, permite que o equipamento seja facilmente manuseado.
Os pontos de acupuntura e os meridianos são estimulados por meio dos eletrodos. O tecido celular recebe as cargas dos eletrodos e altera-se, equilibrando a proporção entre íons de sódio e de potássio. Com isso, obtém-se o fortalecimento da célula, aumentando, assim, a sensibilidade da pele.
A onda emanada ativa diversas substâncias químicas do organismo, que promovem a desobstrução dos meridianos, ativando a circulação do sangue e reequilibrando a energia vital do organismo, inclusive, propiciando a recuperação dos tecidos. A intensidade da potência elétrica é feita de forma diferente para cada pessoa, pois existem diferenças de sensibilidade e resistência entre elas.

Indicações

Seus resultados são eficazes, principalmente em casos de estresse, doenças crônicas e agudas, dores na coluna, enxaquecas, entorses, DORT/LER, artrose e nevralgia.
No caso de dores crônicas e agudas, ele consegue uma resposta rápida do organismo.
Os eletrodos também podem ser usados para massagear o corpo, ao invés de fazê-lo manualmente.


Acupuntura e alimentação na menopausa

                                    
As famosas “ondas” de calor, típicas da menopausa, são queixas comuns na clínica de acupuntura. Sinais e sintomas como secura vaginal, irritabilidade, dor de cabeça, insônia, diminuição da libido, menstruação irregular e ondas de frio também podem estar associados a este período em que há diminuição da produção de estrógeno.

A amora, Morus alba ou Morus nigra , é conhecida como “planta reguladora dos hormônios”, pois estimula a produção hormonal pelo próprio organismo. Desta forma, é indicada para combater os sintomas da menopausa, uma vez que estimula a produção de estrógeno.  Recomendo a ingestão na forma de chá (da folha ou casca/caule) ou de tintura (deve-se diluir 30 gotas em água e ingerir 3 vezes ao dia, por no máximo 90 dias). A tintura é facilmente encontrada em farmácias de manipulação.

Outros benefícios da amora são: anticancerígena, combate a osteoporose, depurativa do sangue, anti-séptica, vermífuga, digestiva, calmante, diurética, laxativa, refrescante e antioxidante. Previne infecções urinárias, úlceras e câncer de estômago. Melhora o funcionamento do fígado e dos rins, diminui a pressão arterial e a glicemia.

De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, a menopausa ocorre pela deficiência de Yin do Rim, com conseqüente “fogo”  no Coração. O tratamento consiste, portanto, em tonificar o Yin do Rim e tratar os sinais e sintomas de calor. A amora enquadra-se perfeitamente nesta caso, pois fortalece o Yin do Rim e do Fígado, além de diminui o calor diretamente por ser de característica energética fria.

Outros alimentos indicados para a menopausa (tonificam o Yin e dispersam o calor) são: soja, umeboshi (ameixa japonesa), suco de melancia, suco de melão com hortelã, ovo de codorna, repolho, morango, feijão preto, verduras verde-escuras, clara de ovo, pêra e maçã. Introduza estes alimentos de forma que se tornem comuns em sua dieta.

É importante lembrar que o acompanhamento médico é essencial e que os alimentos indicados são importantes auxiliares no tratamento e prevenção das doenças, mas podem não substituir as medicações.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL E SUA RELAÇÃO COM A ACUPUNTURA

Introdução: A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é definida como síndrome de dor regional caracterizada pela presença de pontos-gatilho [1]. O ponto gatilho (PG) é uma região focal de um músculo esquelético ou de sua fáscia que, quando pressionada, reproduz a dor da qual o paciente se queixa, inclusive com seu padrão de irradiação.

                                    


Figura 1 - Representação de um ponto-gatilho e a área de dor referida a ele relacionada.
 As características clínicas da síndrome da dor miofascial são [2]:
  • padrão característico da localização de dor para cada músculo
  • restrição de movimento com sensibilidade aumentada para alongamento
  • a compressão do PG causa dor semelhante à queixa principal do paciente
  • presença de uma banda tensa palpável no músculo no local do PG
  • twitch (espasmo súbito) provocado pela palpação ou pela inserção de uma agulha
Epidemiologia: A SDM é uma desordem responsável por muitos casos de dor crônica musculoesquelética. A SDM é extremamente comum, e quase todo mundo desenvolve um PG em algum momento da vida. Provavelmente, 25 a 54% de indivíduos assintomáticos têm PGs latentes. Os PGs miofasciais podem ser achados em pessoas de todas as idades, mesmo em crianças. A SDM distribui-se igualmente entre homens e mulheres e não há diferença de distribuição racial. A probabilidade de desenvolver PGs aumenta com a idade e com o nível de atividade: indivíduos sedentários estão mais inclinados a desenvolvê-los.  Embora a SDM e a fibromialgia tenham algumas características que se sobrepõem, são entidades separadas; a fibromialgia é uma condição de dor generalizada, e não regional causada por PGs específicos.

Fisiopatologia: o mecanismo da dor miofascial não é bem entendido. Pesquisas atuais apontam para a sensitização de mecanoreceptores aferentes de baixo limiar, na área dos PGs, projetando a sensitização para neurônios do corno dorsal na medula. A dor referida de PGs, assim como respostas locais de twitch, podem ser mediadas pela medula espinhal em seqüência a um estímulo do PG [3].  
Um PG ativo está associado à queixa dolorosa que motivou a consulta. PGs latentes não causam dor espontaneamente, mas são dolorosos à palpação durante a consulta.
Frequentemente são achados em indivíduos assintomáticos. Vários fatores contribuem para a dor miofascial e podem levar um PG latente a tornar-se ativo:
  • Estresse psicológico, com tensão muscular e distúrbio do sono
  • Sobrecarga musculo-esquelética: tensão repentina, discrepâncias de comprimento de pernas ou outras assimetrias, postura inadequada, posição ortostática prolongada
  • Distúrbios Metabólicos: infecções crônicas, privação de sono, deficiências nutricionais, hipotiroidismo.
  • Outras: radiculopatia, doenças viscerais, depressão.
Clínica: A SDM pode apresentar-se por dor músculo-esquelética local ou à distância, limitação de movimento, e fraqueza muscular sem atrofia. Os PG causam dor referida em áreas características para músculos específicos. O padrão da dor depende do músculo acometido. O aparecimento pode ser agudo, associado a um esforço ou trauma, ou insidioso, por sobrecarga musculoesquelética progressiva.

Exame Físico: o diagnostico depende da caracterização do PG, pela palpação dos locais nos músculos onde eles caracteristicamente ocorrem. O livro Travell and Simons' Myofascial Pain and Dysfunction [5] é ainda o padrão de referência para a localização e o tratamento de pontos-gartilho miofasciais. Uma banda tensa é encontrada à palpação, como um nó ou um cordão sob a pele. Este local sensível, ao ser palpado, pode retrair-se ou twitch. Quando o PG é pressionado, o paciente tipicamente tem um sobressalto defensivo pela dor causada [6].

Exames Subsidiários: Não há exames que confirmem o diagnóstico de SDM. A termografia infravermelha mostrará uma alteração de vascularização local, mas este exame é muito pouco específico. Outros exames de imagem são importantes apenas para excluir diagnósticos diferenciais.

Tratamento: O tratamento da SDM envolve a inativação do(s) PG(s) associado(s). É preciso diferenciar um ponto-gatilho ativo e um passivo. No caso do ativo, quando pressionado, reproduz o padrão de dor que o paciente sente em seu cotidiano. Pontos latentes são dolorosos à palpação, mas num padrão diferente da queixa original. Os pontos latentes são achados de exame, mas devem ser abordados no tratamento, para que não se tornem ativos.
Estão descritas diversas técnicas para o tratamento da SDM [2]. Técnicas não invasivas incluem: eletroestimulação analgésica (TENS), alongamento muscular sob spray gelado, ultrassom, massagem e compressão isquêmica (shiatsu). Técnicas invasivas envolvem a injeção de anestésico local, corticóide ou, em casos extremos, até mesmo toxina botulínica. O agulhamento seco do PG miofascial é uma técnica invasiva eficiente para inativação do PG. Envolve a inserção de uma agulha (de injeção ou de acupuntura) diretamente no PG, aliviando os sintomas dolorosos associados. [2]. Esta técnica será descrita mais abaixo.

Medicamentos: drogas têm papel secundário e adjuvante para o tratamento da SDM. Analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares podem auxiliar o progresso, em alguns casos. Quando bem indicados, os antidepressivos, como a amitriptilina, podem favorecer o sono e otimizar o sistema supressor de dor central.

Seguimento: É importante a investigação de fatores mantenedores (mecânicos, disfuncionais, psicológicos, bioquímicos, metabólicos, endócrinos, ambientais e infecciosos), que podem comprometer o sucesso do tratamento [1]. A manutenção do resultado dependerá fundamentalmente da eliminação dos fatores perpetuantes. Neste ponto, são determinantes os papéis da fisioterapia (na correção de encurtamentos musculares) e da terapia ocupacional (na orientação ergonômica das atividades cotidianas).

Importância da SDM: A dor miofascial deve ser considerada como diagnóstico diferencial em casos de dor sem outra base orgânica, como alguns casos de cefaléia, dor em articulação temporo-mandibular, dor torácica ou dor pélvica. Muitos casos de dor irradiada para a face posterior da coxa, confundidos com ciatalgia, são na verdade originados de SDM da musculatura glútea.

                                  


Figura 3 - A SDM em região glútea pode simular a ciatalgia

Relação da SDM com a Acupuntura

O agulhamento seco: Os estudos que utilizaram como placebo a infiltração de solução salina 0,9% também mostraram resultados para a inativação do ponto-gatilho. Observou-se, então, que qualquer substância injetada produziria este efeito. Com a progressão das pesquisas, documentou-se que a inserção da agulha de injeção sem infiltrar nenhuma substância (agulhamento seco) também levava à inativação do ponto-gatilho [7].

O mecanismo de desativação do PG pelo agulhamento seco permanece indeterminado. A agulha poderia, pelo estímulo sensorial, romper o ciclo dor-contratura-dor, o que é consistente com o mecanismo de ação da analgesia por acupuntura [8]. De fato, a acupuntura pode ser bastante útil no tratamento da SDM. Mais de 70% dos PG correspondem a pontos de acupuntura clássica utilizados no tratamento da dor [9].

Um estudo que analisou 238 regiões comuns de dor referida miofascial mostrou que 91% delas são anatomicamente correspondentes a trajetos de canais de energia da medicina tradicional chinesa [10]. Esta forte consistência sugere que os PG representam, provavelmente, o mesmo fenômeno fisiológico como pontos de acupuntura no tratamento de distúrbios da dor.

Considerando o pareamento entre os PGs e os pontos de acupuntura clássica, 81% das regiões anatômicas demonstraram correspondência completa ou quase completa da distribuição dos seus padrões de dor miofascial referida, associada meridianos da acupuntura, e 10% dos pares de pontos apresentou correspondência parcial [10]. Apenas 9% dos pares de pontos mostrou pouca ou nenhuma correspondência de seus padrões de dor referida e meridianos de acupuntura.

Pontos Ashi: na medicina chinesa, existe o conceito de pontos ashi. Estes são áreas dolorosas à pressão, localizadas nos canais tendino-musculares de energia. A dor do ponto ashi pode irradiar-se pelo trajeto destes canais, em padrões definidos, ou acometer secundariamente os canais de energia principais. A estagnação de energia que origina os pontos ashi pode ser resultante de fatores muito semelhantes àqueles descritos na origem dos PGs miofasciais. O tratamento desta estagnação dolorosa envolve a dispersão da energia pela inserção de uma agulha no local acometido, sem necessidade de injetar alguma substância. Assim, os PGs miofasciais correspondem plenamente aos pontos ashi descritos na acupuntura clássica.

Conclusão

A SDM é um exemplo de boa correlação médica ocidental-oriental. A medicina ocidental "descobriu" por acaso a utilidade do agulhamento seco na SDM, que já estava descrito há milênios na medicina chinesa. Isto sugere que ainda haja muitos outros conhecimentos orientais que poderiam ser imediatamente incorporados à nossa medicina, sem qualquer conflito.

AUTOR DO ARTIGO: DR. MARCELO SAAD ( Dr. Marcelo Saad é médico fisiatra e acupunturista, doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. )

domingo, 6 de novembro de 2011

Por que vivemos tão ansiosos?

                                 
Em maior ou menor grau, todos se sentem o que chamamos de "ansiedade" boa parte do tempo. Os momentos verdadeiros de relaxamento e paz interior autênticos são raros. A dificuldade em viver no presente é um dos maiores contribuidores da ansiedade. A pressa é uma das manifestações do não conseguir viver no presente. Desenvolvemos o hábito de viver apressados. E o que é a pressa? É a vontade de estar no momento seguinte enquanto você ainda está aqui e agora.

Você acorda, mal se espreguiça e a cabeça já vai a mil por hora pensando que tem que ir escovar os dentes e tomar banho. Não dá nem pra curtir a espreguiçada. Quando está no banho, somente o seu corpo está no banho, pois sua cabeça está no momento seguinte pensando que tem que comer rápido, ou pensando que tem chegar ao trabalho. O banho que poderia ser uma atividade prazerosa, mas é realizado de forma rápida e mecânica por que você quer estar no momento seguinte.

Quando entra no carro, seu corpo está no carro, mas você quer já ter chegado ao trabalho, mas você ainda não chegou. Então, o coração acelera, o corpo fica inquieto. Você perde de passar no semáforo por pouco por que o cidadão da frente andou devagar. Ai surge raiva e aumenta a impaciência. O engarrafamento vira o inimigo que o impede de chegar no momento seguinte. Mas quando você chega no momento seguinte não há paz, você já quer que chegue o próximo.

Chega no trabalho, e você aperta o botão do elevador três vezes, com força, pra que o elevador chegue mais rápido. Você está ali esperando mas já queria estar dentro dele. E quando estiver dentro do elevador, melhor apertar também três vezes o botão de dentro, porque você está inquieto querendo sair dele.

Vai responder o primeiro email já pensando que tem mais outros tantos para responder. E depois vai surgindo no pensamento o que tem que fazer depois dos emails. E mais tarde surge o pensamento de querer que acabe o dia pra você ir pra casa. A volta pra casa no trânsito é também ansiosa e apressada, porque você não quer estar ali.

Quando chega em casa, talvez relaxe um pouco. Talvez não. Tem que jantar, ir pra academia, fazer um trabalho que ficou pendente no horário do expediente, arrumar algo em casa, dar atenção aos filhos.

E no outro dia começa tudo de novo.

Observe, então, o mecanismo da mente de querer sempre estar no momento seguinte, gerando pressa, ansiedade, inquietação interior, aceleração do coração, causando um sofrimento. Todos esse stress altera a fisiologia. O corpo produz essa aceleração e a química do cérebro e o hormônios são afetados.

Mas seria possível agir diferente tendo mil atividades pra fazer? Sim, claro. A mente está viciada em sair do presente momento e ir para o momento seguinte. Acontece de forma automática, inconsciente. A gente nem percebe, e parece ser normal, afinal de contas, todos mundo não é assim? A maioria é assim, é verdade. Mas existem pessoas mais presentes, mais calmas, mesmo diante de um volume grande de afazeres.

Tomar consciência desse mecanismo é o primeiro passo para começar a viver o agora, o que certamente irá diminuir a ansiedade. Quando tudo isso parece normal e nem nos damos conta da loucura que é viver dessa forma, estaremos no piloto automático sem possibilidades de quebrar o padrão. Mas, agora que temos consciência, é possível fazer um exercício para nos voltarmos para o presente.

Todas as vezes que sua mente começar a viajar para próxima atividade e você perceber, volte sua atenção para a atividade atual. Toda vez que seu corpo ficar tenso no trânsito com o engarrafamento, relaxe os músculos, respire, e volte sua atenção para o momento presente. Você está dentro do carro, naquele momento, e você escolhe aceitar essa condição totalmente.

A mente fugirá mil vezes. Pacientemente, cada vez que percebermos, voltamos a atenção para o presente.

Como o passar do tempo, a mente vai mudando o padrão. Ao invés de viver no futuro e prestar pouca atenção ao presente, ela começar a viver o presente e fazer visitas rápidas ao futuro. Assim a ansiedade diminui. As ações passam a ficar mais eficientes pois estamos executando cada tarefa com mais atenção.

Outra forma de sair do presente é quando começamos a pensar de forma preocupada em problemas que temos para resolver. É totalmente inútil, traz apenas sofrimento. O pior é quando acontece na hora de dormir, ou no meio da noite quando não deveríamos fazer nada além de descansar.

Remoer uma discussão também é mais outra forma de sair do presente. Dessa vez, a mente vai para o passado e relembra o que houve. Começam a brotar pensamentos e comentários do quanto o outro foi injusto e que deveríamos ter dito isso e aquilo. Nem preciso comentar o quão inútil é tudo isso. Mesmo sendo um padrão comum bem boa parte das pessoas, devemos reconhecer esse mecanismo com uma espécie de doença coletiva. Uma doença que tem cura, felizmente.

É possível aplicar *EFT (técnica para auto-limpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo), para dissolver a preocupação com um fato futuro, bem como para limpar os sentimentos que ficam remoendo um fato desagradável do passado. Traz grande alivio, os pensamentos se dissolvem e ficamos mais presentes.


É bom também ressaltar que a medida que vamos limpando mais profundamente os sentimentos, ficamos mais vez tranqüilos para lidar como novos acontecimentos.

André Lima - EFT Practitioner.
*EFT - Emotional Freedom Techniques - É a auto-acupuntura emocional sem agulhas. Ensina a desbloquear a energia estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando a cura para questões físicas emocionais. Você mesmo pode se auto-aplicar o método. Para receber manual gratuito da técnica e já começar a se beneficiar, acesse: http://www.eftbr.com.br/manual-gratuito.asp e baixe o seu manual.
A técnica nos ajuda a dissolver emoções que só trazem sofrimento e devolve a nossa paz interior, que é o estado mais profundo do ser humano, mas que vem sendo encoberto por uma negatividade que passa de geração em geração. Está na hora de limpar!
Texto de André Lima

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Infertilidade

                                  

A infertilidade é um problema vivido por 8% a 15% dos casais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que mais de 278 mil casais tenham dificuldade para gerar um filho em algum momento de sua idade fértil, segundo o Ministério da Saúde.

   A infertilidade está relacionada com problemas emocionais, psíquicos e sociais, pois o ato de procriar é um dos objetivos e desejos do ser humano. Vários estudos demonstram que houve declínio do índice global de fertilidade, principalmente entre mulheres com mais de 35 anos de idade. Na mulher a idade continua sendo um problema muito significante, pois acima de 35 anos a fertilidade diminui drasticamente. Os homens respondem por 40% dos casos de esterilidade.

    Alguns fatores são os principais responsáveis por esse declínio como a mudança no comportamento reprodutivo da mulher que adiou o momento de ser mãe em favor da vida profissional, aumentando o risco de aparecimento de doenças ginecológicas, além da diminuição da reserva ovariana; piora da qualidade do sêmen devido consumo excessivo de álcool, tabaco e exposição a fatores ambientais, entre outros.

    A endometriose e a síndrome do ovário policístico (SOP) estão entre as causas de maior incidência na infertilidade feminina.



 A INFERTILIDADE NA VISÃO DA MTC


Segundo LYTTLETON (2006), a infertilidade pode ter diversas etiologias:  
  • Fraqueza constitucional: Importante causa da infertilidade devido à fraqueza da Essência do Rim. Pode ser causada pela mãe que o concebeu não tão jovem, a constituição e a saúde dos pais não sendo boas no momento da concepção, etc. Pelo fato de ser a essência do Rim a base para o Qi Pré- Natal, a mulher  tem dificuldade em conceber. 
  • Excesso de trabalho: longas horas sem repouso adequado e com dieta irregular após muitos anos é a maior causa de deficiência de Yin do Rim (Shen). 
  • Excesso de exercício físico: o trabalho físico excessivo ou exercício extenuante enfraquecem o Yang do Baço e do Rim, especialmente quando o Útero da menina jovem está em estado vulnerável.  
  • Atividade sexual excessiva: enfraquece seriamente os Rins e lesa os Canais Ren Mai e Chong Mai e pode causar infertilidade. 
  • Invasão pelo Frio: Causa muito comum de infertilidade em mulheres jovens. O Frio invade o Útero e os Canais Ren Mai e Chong Mai impedindo fertilização. 
  • Dieta: Excesso de alimentos e bebidas frios também leva Frio ao Útero. O consumo de Laticínios e produtos gorduroso forma Umidade no Aquecedor Inferior, impedindo a fertilização.
   A medicina chinesa, em especial a Acupuntura e a Fitoterapia são a base do tratamento de Medicina Chinesa para os casos de infertilidade.  O tratamento com Acupuntura visa a tonificação energia necessária, além do tratamento dos sintomas físicos causados por alguma patologia (como síndrome do Ovário Poliscístico) e fatores emocionais que estejam envolvidos no processo.

Acupuntura e Síndrome do Ovário Policístico

                                

   A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é caracterizada por anovulação crônica hiper-androgênica. É a endocrinopatia mais comum entre mulheres e a causa mais freqüente de infertilidade de origem ovariana. Acomete cerca de 5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva, e sua fisiopatologia ainda é incerta, porém sabe-se que o hiperandrogenismo e a resistência periférica à insulina desempenham papéis importantes na doença.

   A SOP é uma causa de infertilidade e amenorréia e caracteriza-se pelo espessamento da cápsula ovárica e desenvolvimento de múltiplos cistos foliculares. É habitualmente bilateral. Cursa com níveis elevados de testosterona, estradiol e LH e níveis baixos de FSH.

   Os ovários se encontram recobertos por pequenos cistos, os ciclos menstruais são longos ou irregulares, há anovulação crônica e a mulher apresenta além de acne, excesso de pêlos, alopecia e síndrome metabólica.

  
A Síndrome do Ovário Policístico segundo a Medicina Tradicional Chinesa

                                    
   A doença do ovário policístico é uma formação de massa abdominal, atribuída a uma deficiência de Yang do Rim e a Mucos e/ou Umidade. Quando o Yang do Rim está deficiente por um longo tempo, pode falhar em transformar, evaporar e transportar fluidos no Aquecedor Inferior (abdome) que pode se acumular para formar Umidade/ Mucos, fazendo com que os cistos se formem, enquanto que a deficiência do Yang do Rim causa amenorréia (ausência de menstruação) e infertilidade. 

   A etiologia de cistos de ovário são freqüentemente atribuídas à invasão por fatores patogênicos externos durante o período menstrual ou logo após o parto, em ambas quando o sistema genital está num estado vulnerável ou propenso à invasão. 

Causas: Em geral a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) está combinada com estresse emocional levando a estagnação de Qi e do Xue (Sangue), e com dieta irregular (excessivo consumo de alimentos gordurosos e açucarados) levando a deficiência de Qi do Baço e à formação de Mucos. 

Tratamento: O padrão de Muco obstruindo ovários é o mais difícil de ser tratado e mais ainda quando causado por SOP, uma anormalidade da função gonadal, associada a anovulação, aumento de hormônio luteinizante (LH), cistos ovarianos e produção aumentada de andrógenos (hormônios masculinos). Clinicamente a paciente tende a ser obesa (embora não necessariamente) e a sofrer de hirsutismo e amenorréia. 

   O padrão de deficiência do Sangue é o mais fácil de ser tratado, a não ser que seja resultado de uso prolongado de pílula anticoncepcional. Mulheres com carência de Sangue necessitam de nutrição adequada e ingerir alimentos que nutrem o sangue, como carne, ovos, espinafre, cenoura, etc. Aquelas que sofrem de deficiência do Rim deveriam evitar excesso de trabalho e guardar repouso adequado. As que sofrem de estagnação de Xue (Sangue) devem fazer exercícios leves e regulares para mover o Qi e o Xue (Sangue). As que sofrem de Mucosidade devem evitar ingerir leite e derivados e alimentos gordurosos que aumentam Umidade e Muco. 

   Além disso deve-se sempre tonificar o Yang do Rim e resolver a Umidade – Mucos simultaneamente.

   O tratamento com Acupuntura visa restabelecer a regularidade do ciclo mestrual, estimular a ovulação e melhorar o aspecto da pele e da acne.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Reiki tem explicação científica


            Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal (rei) através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico ou espiritual); podendo eliminar doenças e promover saúde.

           A idéia de uma energia Universal que impregna toda a natureza já foi defendida por muitos cientistas ocidentais. Estudos físicos, afirmam que a matéria não é formada simplesmente de blocos únicos de construção, e sim que o Universo é composto de campos criadores de forças inseparáveis que interagem entre si. Sendo assim, temos uma estrutura científica que explica nossa capacidade de influenciar uns nos outros através de nossos campos eletromagnéticos. O Reiki é uma terapia de origem japonesa que atua na transmissão de energia curativa vital através da imposição das mãos e está inserido no contexto das terapias alternativas/ complementares reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde.

                      

Pesquisadores avaliam efeitos e mecanismo de terapias alternativas em animais de laboratório

           Pesquisas recentes comprovam efeitos benéficos e até encontram explicações científicas para acupuntura e reiki. Estudos sobre o assunto, antes restritos às universidades orientais, ganharam espaço entre pesquisadores americanos, europeus e até brasileiros.            
             Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou uma denominação especial para esses métodos: são as terapias integrativas.
             Para entender as alterações biológicas do reiki, o psicobiólogo Ricardo Monezi testou o tratamento em camundongos com câncer. “O animal não tem elaboração psicológica, fé, crenças e a empatia pelo tratador. A partir da experimentação com eles, procuramos isolar o efeito placebo”, diz. Para a sua pesquisa na USP, Monezi escolheu o reiki entre todas as práticas de imposição de mãos por tratar-se da única sem conotação religiosa.

 Matheus Lopes Castro




           No experimento, a equipe de pesquisadores dividiu 60 camundongos com tumores em três grupos. O grupo controle não recebeu nenhum tipo de tratamento; o grupo “controle-luva” recebeu imposição com um par de luvas preso a cabos de madeira; e o grupo “impostação” teve o tratamento tradicional sempre pelas mãos da mesma pessoa.


Ricardo Monezi

        Os animais foram avaliados quanto a sua resposta imunológica, ou seja, a capacidade do organismo de destruir tumores. Os resultados mostraram que, nos animais do grupo “impostação”, os glóbulos brancos e células imunológicas tinham dobrado sua capacidade de reconhecer e destruir as células cancerígenas.

O Reiki cura tudo o que precisa ser curado, porém não se pode prever ao certo o que ocorre numa sessão. O agente só pode prometer que o Reiki beneficia qualquer um que a pratique, não se podendo prometer a cura de uma doença específica ou que tenha qualquer outro resultado específico, pois isto está além das mãos do curador não cabendo a ele a certeza.

              Durante uma sessão, o paciente pode ou não ter alguma sensação cinestésica, como calor, frio, formigamento ou às vezes aumento da dor por alguns instantes. Neste último caso, isso ocorre, mas depois há seu alívio ou a dor desaparece por completo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Doenças e emoções

                             

O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
              O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
               O diabetes invade quando a solidão dói.                        
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade. 

Hoje em dia somos condicionados a acreditar que a doença nos é infligida pelo mundo exterior, e que se tempos a infelicidade de ficar doentes, a responsabilidade pela cura é dos remédios, médicos e terapeutas. Porém a verdade é que nós somos responsáveis pela nossa saúde e pela falta da mesma.

Muitas sabem que a motivação, a emoção e a atitude determinam a saúde e a doença. Há alguns fatores que favorecem a doença: stress, desespero, medo inconsciente e poluição do corpo causada por alimentos que ingerimos. Esses fatores criam energia estagnada na camada etérica da aura. Quando não é tratada, essa energia acaba se manifestando como doença física. É importante perceber que a doença é uma excelente oportunidade de aprendizado. O corpo físico é um espelho que reflete o que fazemos em todos os níveis do nosso ser.

Sendo assim, a cura está relacionada à vontade de detectar e tratar a causa da doença física.

Listarei algumas doenças e sua causa metafísica:
Dor de cabeça e enxaqueca

Metafisicamente a dor de cabeça é provocada pelo medo de externar pensamentos e sentimentos, que acabam sobrecarregando a mente, ou por pressão do trabalho, dos relacionamentos e da vida familiar. Se você sofre de enxaqueca procure examinar racionalmente seus medos e as pressões que existem em sua vida. Alivie a mente expressando o que sente e procure aliviar as pressões que provocam mal estar e cansaço.

Catarata

Aqui a pergunta é: Porque não queremos ver claramente? Do que temos medo ou vergonha? Porque nos escondemos atrás de uma nuvem escura? A visão nublada, resultado da catarata, impede que os outros vejam a nossa alma.

Sinusite

Essa doença sugere irritação com a vida. Essa irritação provoca um acúmulo de raiva que se não for trabalhada acaba sendo liberada pelos canais sinusais.

Rigidez do pescoço

Como a rigidez do pescoço impede de mover a cabeça, vemos apenas o que está a nossa frente. Isso sugere que há coisas que não queremos ver, ou que somos rígidos e dogmáticos.

Dor nos ombros

A pessoa deve estar carregando muitas responsabilidades sozinha, pois é nos ombros que carregamos todos os fardos e responsabilidades da vida. Se este é o seu caso, vale à pena examinar todas as suas atribuições e se desfazer ou dividir algumas delas.

Asma

O asmático expressa dificuldade em ficar à vontade no mundo. Acha que não está à altura das expectativas e teme a rejeição. Para superar este estado, temos que aprender a nos aceitar, só assim sermos aceitos pelos outros.


Gastrite e úlceras gástricas

Esse mal costuma ser causado pela incapacidade de digerir questões emocionais. Ele nos desafia a examinar nossa vida para descobrir como resolver estas questões.

Pedras na vesícula

A vesícula é associada à coragem, à irritação e a sensibilidade. Assim, os problemas da vesícula refletem padrões emocionais e mentais de irritação e amargura em relação às pessoas ou situações que nos aborrecem.

Constipação

Este distúrbio nos convida a observar nosso apego a certas coisas e nos perguntar porque temos medo de nos livra delas. O motivo pode ser insegurança ou  condicionamento.

Pedras nos rins

Os rins registram agitação, ódio, ansiedade e tumulto emocional, trabalhando para livrar o organismo desses sentimentos. As pedras nos rins indicam um acumulo de ódio e ansiedade não resolvidos. Quanto mais tempo durarem o problema, maiores as pedras.

Cisto de ovário

O cisto é um acúmulo de conflitos e dúvidas que algumas mulheres sentem. Estes sentimentos podem também vir de traumas causados por abuso sexual na infância.

Mioma

Indicam que mulher duvida do seu papel feminino e desconfia de sua capacidade de gerar uma nova vida, duvidando da própria energia e do importante papel de evolução da humanidade.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Teoria 5 elementos e Yin/Yang

                                      


Uma característica essencial à Teoria da Polaridade Universal é a de que tudo no Universo está em constante movimento, (I Ching)-mutação. Tudo é Yin e Yang, nada é só Yin ou Yang. E tal como em uma corrente elétrica, a energia presente em todo o Universo e no Homem, não é perdida e, sim transferida e transformada. Excesso em Yin equivale à deficiência em Yang e vice-versa. Essa mobilidade ou dinâmica é fundamental para entendermos todo o processo da Energética Humana, seu trajeto nos meridianos, isto é, os caminhos, os canais por onde circula a energia no corpo humano, nos órgãos, tecidos, ossos, etc. Essa é a base de atuação da Acupuntura.
                       

Além do YIN YANG, os chineses antigos perceberam, talvez através da observação dos fenômenos naturais e suas evoluções de acordo com as estações, que o mundo se organizava em torno de cinco elementos ligados ao tempo e espaço: MADEIRA, FOGO, TERRA, METAL E ÁGUA. A Teoria dos Cinco Elementos é de vital importância para compreender-se a constituição dinâmica de absolutamente tudo que existe. A cada um desses cinco elementos estão associados um ponto cardeal ou direção, uma estação, um sabor, uma cor, um órgão (que é Yin), uma víscera (Yang), um meridiano, uma emoção, entre outros.


                       

As cinco formas de movimentos da energia da natureza são representados por Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água, que representam tudo o que existe no universo, ou seja, a interação entre o micro e o macrocosmo. Portanto, esses cinco elementos estão intrinsecamente ligados à nossa personalidade e à nossa alimentação. Por essa ótica, o ambiente, nosso estado físico e emocional em relação ao mundo e a nossa personalidade vão influenciar no que desejaremos comer.


Os cinco elementos estão relacionados aos órgãos e aos temperamentos.

 •  A energia do coração se relaciona com a alegria e ansiedade;
 •  A energia do pulmão se relaciona com a depressão e a tristeza;
 •  A energia do fígado se relaciona com a raiva e o rancor;
 •  A energia do rim se relaciona com o medo e o pânico;
 •  A energia do baço e do pâncreas se relacionam com a racionalização e a preocupação.

Um se sobrepõe ao outro. O fogo controla o metal, o metal controla a madeira, a madeira controla a terra, a terra controla a água e a água controla o fogo.

Para a Medicina Tradicional Chinesa, todos os seres vivos são dotados de uma energia vital denominada "chi", e o equilíbrio entre as polaridades positiva (yang) e negativa (yin) dessa energia, tem influência direta sobre a saúde do homem e para a natureza. Se o organismo consegue compensar naturalmente o desequilíbrio, nada acontece. Mas, quando esse mecanismo falha, as doenças podem aparecer e a morte significa o cessar da energia "chi".

Os mestres chineses ensinavam que são vários os fatores que podem alterar nosso fluxo energético que resultam em doenças e classificavam esses fatores em: internos, externos e mistos.
Fatores internos: são os pensamentos, crenças, sentimentos e emoções. Segundo eles, as emoções debilitam determinados órgãos ou sistema, fragilizando-os e o expondo-os às doenças. O estresse, preocupação e fadiga mental também têm o poder de alterar a polaridade energética. Qualquer situação que desperte uma emoção intensa, boa ou má, e que exija mudança funciona como um agente estressor. Dentre as emoções, a raiva aumenta o calor, que é yang, já a tristeza é do tipo yin. Todas as emoções geram algum tipo de reação no nosso padrão energético. Porém, as emoções só se tornam um fator de desequilíbrio para nossos órgãos internos quando permanecem conosco intensamente por um longo tempo.

Fatores externos: São os acontecimentos do dia-a-dia, o relacionamento com as pessoas e com o meio em que vivemos. As condições climáticas, como o vento frio, por exemplo, aumenta a polaridade yin, para reforçar a energia yang, a resposta orgânica pode ser a febre. Os ferimentos, fraturas, cortes e qualquer tipo de acidente desequilibram a energia vital. Cigarro, bebida alcoólica e todas as demais drogas, permitidas ou não, afetam o equilíbrio energético. Dentre os fatores externos, os Mestres Chineses prestavam muita atenção na alimentação, para eles, os alimentos também são dotados de energia vital e interagem com nossa própria energia.
Fatores mistos: Sob esse ponto de vista, não existe doença, mas organismo doente em virtude de tais estados emocionais negativos, assim como não existe o bom médico, mas sim o bom paciente. Dependendo do mal que o indivíduo sofra, a causa está em sua história. "Para cada sentimento negativo, há uma doença. Esse sentimento negativo cria um paladar que o leva a comer o que o vai provocar o desequilíbrio físico. Revertendo-se esse processo, consegue-se a cura".

O leite nosso de cada dia


            


Eis aí um alimento que polariza opiniões: de um lado, o público em geral; de outro, os profissionais e os aficionados das mais diversas formas de medicina alternativa. Os primeiros o acham extremamente saudável, considerando-o rico em proteinas e cálcio, um bom alimento para favorecer o crescimento e um aliado na prevenção da osteoporose. Os demais não raro o consideram um grande inimigo da saúde humana. Quem tem razão?

Um fato inegável a levar em conta é que o leite de vaca e seus derivados (e este artigo limita-se ao leite de vaca) pode ser a causa de diversas alergias ou de intolerâncias alimentares. Muitos adultos não digerem bem o açúcar do leite. Alguns pesquisadores salientam que o leite favorece processos inflamatórios, aumenta o risco de diabetes e pode provocar (quando consumido em excesso) insuficiência de cálcio! Já se sabe que os hormônios bovinos de crescimento contidos no leite agravam a acne e favorecem a obesidade, mesmo quando o leite é desnatado. Sem falar que o leite pode ser a causa ou o fator agravante de infecções otorrinolaringológicas repetitivas na infância.

No entanto, ninguém pode, em sã consciência, negar o elevado valor nutritivo do leite. Pode-se dizer que o leite é um concentrado de proteínas, lipídios, glicídeos, sais minerais e vitaminas. A medicina chinesa considera-o um verdadeiro medicamento, donde se conclui que o problema não está exatamente no consumo de leite, mas no exagero. Quando consumido em pequenas doses, e apenas de quando em quando, o leite não costuma provocar problemas, especialmente quando fermentado (kefir) ou na forma de iogurte natural.

Nunca é demais frisar, porém, que o consumo exagerado de leite pode provocar desde dificuldades banais de digestão até doenças bem graves, como a obesidade. Por se destinar fundamentalmente ao crescimento, o leite auxilia o corpo na formação de tecidos. Quando o crescimento termina, cessa gradualmente a produção das enzimas que digerem o leite. O leite passa então a produzir Umidade e Mucosidade, que são, na visão da medicina chinesa, a causa de inúmeras doenças.

O objetivo deste artigo é chamar a atenção das pessoas que se interessam pelo assunto para o que diz a medicina tradicional chinesa. Para tanto é importante frisar que, na visão tradicional dessa forma de medicina, o leite de vaca é um medicamento de sabor doce e de natureza neutra. O sabor não é determinado pura e simplesmente pela sensação proporcionada ao paladar. Os alimentos de sabor doce têm a propriedade de nutrir, tonificar e umidificar o organismo; os de natureza neutra não exercem efeito térmico perceptível no corpo, ou seja, não o aquecem nem o resfriam.

O leite é um tônico geral utilizado, em pequenas quantidades, como medicamento em casos de fadiga, vertigens, debilidade física e emagrecimento. Ele tonifica o Qi (energia vital) e o Sangue. É utilizado também como medicamento umidificante, a fim de tratar quadros clínicos de Deficiência do Yin do Estômago e constipação intestinal (sobretudo do idoso).

Precauções

O caráter umidificante do leite de vaca garante, na linguagem da medicina chinesa, a umidificação dos cinco órgãos: Pulmão, Fígado, Baço, Rins e Coração. Portanto, ele convém às pessoas que apresentam sintomas como sede excessiva, boca e garganta secas, mucosas secas, constipação intestinal, pele seca e assim por diante. Mas é desaconselhado para pessoas que sofrem de problemas provocados por Umidade ou por Mucosidade, tais como eczema exsudativo, edemas, leucorréia, diarréia, micose vaginal, reumatismos, rinite, sinusite, bronquite, asma, certos quistos e lipomas, algumas doenças neurológicas (a epilepsia, por exemplo).

Pessoas obesas ou que simplesmente estejam um pouco acima do peso não deveriam tomar leite de vaca. O leite, afinal de contas, destina-se a transformar um bezerro em vaca ou boi! A essas pessoas uma palavra de cautela: os produtos laticínios (manteiga, queijos etc) são "leite concentrado"!

Em geral é melhor que os adultos excluam o leite dos seus hábitos alimentares. Contudo, o leite fermentado (kefir), certos queijos frescos e o iogurte natural às vezes são bem tolerados pelos adultos. O ideal é que o leite seja consumido apenas pelas crianças e pelos idosos, mas sempre com moderação.

Convém evitar o consumo de leite com frutas cítricas. Os ácidos de certas frutas podem coagular a caseína do leite e provocar indigestão, com distensão abdominal, flatulência, náuseas e vômitos.

Durante tratamentos médicos com tetraciclina, um antibiótico, é bom não consumir o leite de vaca, porque o alto teor de cálcio do leite reduz a ação desse tipo de antibiótico.

Em suma...

O leite de vaca é um excelente alimento-medicamento. Como praticamente tudo na vida, o consumo de leite apresenta prós e contras. Cabe a cada pessoa avaliar, com o devido discernimento, se o leite lhe convém ou não. Em geral, o melhor é não consumir nem leite nem produtos laticínios na idade adulta, especialmente na presença de sintomas que assinalam dificuldades digestivas em maior ou menor grau.
 


Moxabustão



A moxabustão, ou moxa, vem da palavra japonesa mokusa, que significa "erva queimada". Foi registrada pela primeira vez em textos médicos durante a Dinastia Song (960 d.C.), mas provavelmente foi usada por muito mais tempo.
O calor da moxabustão é extremamente penetrante, tornando-a eficaz quando há menos circulação, condições frias e úmidas, além de deficiência do yang. Quando aplicada aos pontos de acupuntura específicos à deficiência de yang, o corpo absorve o calor o máximo possível, recuperando o qi do yang do corpo e o "fogo ministerial", a fonte de todo o calor e energia do corpo.
A moxa é preparada a partir da artemísia (Artemisia vulgaris), uma erva perene comum. As folhas aromáticas são secas e peneiradas várias vezes até que fiquem macias.

                        

A moxa é utilizada com critério em alguns casos de dores, para circular a energia estagnada e também para aquecer determinados pontos de acupuntura com intuito de aumentar sua energia.